domingo, 6 de outubro de 2013

Eu já Passei. Entrevista com Vanessa Melo

Bom Domingo Galera, 
É com prazer que anuncio a Entrevista com a Vanessa. Que é Servidora Federal, Formanda em Direito e nas horas vagas ajuda em um projeto para Concurseiros. Enfim uma história de vida bacana que com certeza vai nos mostrar que podemos conseguir a nossa aprovação. 

Entrevistada da Semana: Vanessa Melo. 

Olá Vanessa. Conte um pouco sobre sua vida?
Vamos lá. Meu nome é Vanessa, atualmente trabalho no INSS (mas não foi do dia pra noite), além disso, estou do 10º período de Direito na Universidade Federal de Rondônia (também não foi do dia pra noite), e tenho uma filha de 3 anos, uma família, casa, obrigações, tudo o que todo mundo tem ou vai ter um dia. Falo isso pra mostrar que pode não ser fácil, mas tudo é possível. Quem tem tempo e facilidades passa em concurso, e quem não tem tempo e possui uma vida regada de ocupações também passa em concurso.
Ok, não foi da noite para o dia. Então como eu cheguei até aqui?
Eu sempre quis ter minhas coisas, construir a minha vida, ter liberdade e individualidade. Eu queria que as minhas vontades dependessem apenas de mim para serem concretizadas; eu me incomodava com a ideia de não fazer algo por limitação financeira. Além disso, gosto de conquistas, gosto de crescimento, gosto de VER as coisas evoluindo e melhorando, concretas e palpáveis. Claro que, com essa personalidade, eu não aguentaria 5 anos de faculdade apenas estudando, para a partir de então começar a viver a minha vida e conquistar as minhas coisas.
Então de início, eu toparia qualquer coisa. E foi qualquer coisa mesmo, com 18 anos meu primeiro cargo público foi como auxiliar administrativo da Secretaria de Saúde do Estado, ganhando R$ 800,00 (melhorou pra R$1.200,00, mas não é bom contarmos com reajustes do governo), e trabalhando 6h por dia. Continuei estudando e ainda fazia qualquer tipo de concurso, eu só queria melhores salários naquela época. Eis que o próximo foi o Ministério da Saúde (há quem diga que é carma sair de um órgão da saúde e se enfiar em outro, mas pelo menos agora era federal). Remuneração de R$ 2.300,00 se bem me lembro, e 8h de trabalhos por dia; 10h se você quisesse dar conta de tudo; e umas 12h se você quisesse fazer a diferença. Claro, que eu quiser fazer a diferença; eu era técnica administrativa e trabalhava no Setor de Licitações e Contratos do órgão.
Sei que muita gente pensa que ser servidor público é acomodar e ter estabilidade, a certeza do salário na conta ao final do mês. Então pra que querer fazer a diferença? Bom, eu fazia o “dever de casa” direitinho, e fui reconhecida por isso. Participei diretamente e ativamente da gestão do órgão, melhorei orçamentos pela quantidade de projetos, viajava de uma a duas semanas no mês (o que aumentava significativamente meu salário com diárias), conheci outros estados, conheci pessoas influentes, desfrutei de hotéis de luxo incríveis e por aí vai. Há quem vá defender a ideia de que trabalhei muito e nem ganhava tanto assim; vou responder que essa experiência não teve preço mesmo.
Por último, meu cargo atual. Final de faculdade carece de menos aventura e mais dedicação. Passar para Técnico do Seguro Social do INSS veio em ótima hora. Hoje ganho R$ 4.000,00 e trabalho só até 13h da tarde (na minha cabeça isso soa como a “impossível” dupla tempo e dinheiro).Não tenho vergonha de expor essas coisas, porque batalhei por isso.
Profissionalmente, passei por cada situação... Aprendi a ter segurança, inovar e dar alternativas para novos resultados (tem que saber rebolar no serviço público). Juro pra vocês, agora eu encaro qualquer coisaprofissionalmente, isso facilita tudo pra eu chegar aonde quero.
Vamos falar sobre como me preparei para esses concursos então!
Desde o início dos estudos você sempre teve um foco ou foi descobrindo aos poucos?
Eu sempre tive um foco, e também fui descobrindo aos poucos. Meu foco era ter renda, para alcançar os objetivos que mencionei acima, então eu fazia qualquer concurso. Posteriormente meu foco era salários melhores, e fui fechando o circo dos concursos possíveis. Bom, com o andamento da faculdade em direito e a experiência em alguns órgãos do poder público, fui descobrindo aos poucos o que gosto e o que quero.
Como eu sempre fazia o concurso que estivesse aberto e me preparava sempre após o edital publicado, posso falar que faz diferençater foco e escolher determinado órgão e cargo. Pode ser mais de um, mas de áreas afins, senão dá muitos rodeios (como eu dei) e acaba perdendo muito tempo nessa.
Quais foram suas maiores dificuldades quanto ao estudo?
Eu tinha 18 anos, comecei a faculdade, comecei a trabalhar e fiquei grávida. Nessa ordem, mas tudo quase ao mesmo tempo. Agora eu que pergunto, acham que eu tive dificuldades? Uma coisa ajudava a outra(estudar para a faculdade ajudava na preparação do concurso, trabalhar e ter um salário era o que eu já queria – eu já tinha alguma coisa, e minha filha era minha inspiração pra conseguir sempre mais, pra ir além, até o topo – por ela, por nós!), mas dizer que foi fácil é outra história.
Sei que muita gente passa por isso, a maioria das pessoas na verdade. Só que o que falta em tempo, sobra em inspiração e mais força de vontade; se sua dificuldade for por esses motivos, penso que estamos na vantagem. As pessoas que tem todo o tempo do mundo o desperdiçam de alguma forma, mesmo sem querer; as pessoas que não tem tempo, tendem a valorizá-lo e fazem render o pouco que sobra.
Como estudava? Quantas horas por dia? Fez algum cronograma?
Antes de topar fazer a entrevista eu brinquei dizendo que era péssima influencia pra quem estuda; isso porque eu não acredito em regras, métodos e quantidade de horas para se passar em um concurso. Eu acredito em sonho, ter vontade; é isso que conta no final. Eu estudava com todos os recursos possíveis, tantas horas quantas fossem possíveis e, com a minha vida, ficava difícil seguir um cronograma.Apesar disso, se experiência conta, vou contar como eu fazia para vocês.
Um amigo que ensinou a importância sobre o planejamento, mesmo um flexível, para quem não tem como se planejar. Vou indicar também a irem por esse caminho, evita rodeios, você vai direto ao ponto; planejar é decidir como e quando você vai alcançar sua meta. Claro que isso eu só descobri depois. Depois, depois, depois. A gente vai aprimorando com o tempo.
A parte do estudo. Eu sou muito inquieta e impaciente. Eu queria logo era estar no cargo, trabalhando e ganhando dinheiro; então normalmente eu perdia muito tempo imaginando como seria, e pouco tempo trabalhando para fazer acontecer. Isso é controle mental, melhorou depois. Mas pra quem tem esse perfil, junto com dificuldade de concentração, sentar e ler livros não é o melhor caminho, te estressa mais, te deixa achando que é incapaz de sentar e ler um pouco pra alcançar algo que você quer tanto. Pessoas assim precisam estudar com movimento!Engraçado que eu rendia mais com a casa cheia que quando eu estava sozinha em casa estudando. Mas vamos aos meus métodos pessoais.
Para o INSS, que foi o mais difícil e o que eu me preparei melhor, estudava em casa e fazia cursinho (Como? Eu estava de férias do trabalho, isso conta). O cursinho (vídeo-aulas) é bom pros inquietos, porque tem um professor falando e interagindo, temos que prestar atenção e tomar nota ao mesmo tempo; eu me ocupava e conseguia assistir e aprender tudo. Estudar sozinho em casa é que pode ser o desafio. Eu tinha vários métodos: lia andando pela casa; quando era lei seca eu lia em voz alta e gravava para escutar depois (no transito, por exemplo, para ganhar tempo); grifar, reescrever tópicos, desenhar, fazer esquemas, tudo conta. Só ler, é complicado pra mim.
O tempo de estudo. Como eu não seguia nenhum cronograma, não sei ao certo as horas de estudo. Bem, só de cursinho eram quatro horas, e no mês de férias eu devia ficar mais umas quatro estudando em casa. Fora isso, você tem que ficar fazendo puxadinhos pra achar tempo; dormir mais tarde, acordar mais cedo, ler enquanto almoça, escutar legislação no trânsito, etc. Tem que ter em mente que vai valer a pena, então fazer sacrifícios pela preparação fica mais fácil.
Como recebeu a notícia da aprovação?
Quem nunca passou o dia apertando F5 no site da banca do concurso? Quando você se prepara bem e o cargo tem que ser seu, seu nome vai estar lá, você sente. Ainda assim, não cabe dentro da gente, é a vitória de uma guerra, a recompensa por todo teu esforço. Melhor que isso é a nomeação no Diário Oficial, não sei nem descrever.
Continua na luta por alguma outra vaga ou pretende parar por aqui?
Fala sério? Quero muitas outras vagas, muitas novas experiências e, com certeza, um salário bem melhor. Estou no cargo certo para terminar de me formar com tranquilidade. Ano que vem é cair dentro dos concursos de novo pra conseguir um bom cargo de nível superior.
Deixe um recado para a galera do blog?
Concurso público é pra todo mundo, só não passa quem desiste. Só o que tem por aí são técnicas de como estudar, como passar em concurso, etc. Não tem fórmula, pessoal... sabe o que funciona? Ter um SONHO, ter VONTADE, QUERER passar. É isso que vai direcionar tuas atitudes para você chegar a qualquer lugar!

No mais, agradeço pelo convite e parabéns pela iniciativa do blog. 


Queria agradecer a Vanessa pela entrevista. E ela é um exemplo vivo que dá para passar em concurso mesmo em meio a tantas ocupações. Semana que vem tem mais Galera. 


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A Luta Continua.  

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